«Fora agente secreto de Salazar em Luanda. Todas as semanas enviava ao presidente do Conselho um extenso relatório das atividades subversivas dos oficiais do Exército Português. Graças a ele, conseguiram evitar-se conspirações de arrepiar. O seu lema: Destruir os inimigos da pátria. Uns dias após o 25 de Abril, "essa revolução vergonhosa para a nação", foi encarcerado e dado como louco por um médico do MFA. Meteram-no em Rilhafoles à força como se isso fosse paga digna para um cidadão que dedicara toda a sua vida em defesa da terra onde nascera. Graças à família, conseguira transferência para o Telhal, onde era tratado com deferência devido à sua posição. Embora inativo, continuava afinal a ser inspector da DGS... E tinha a certeza de que, quando o senhor presidente do Conselho recuperasse da queda que sofrera, tudo voltaria à normalidade e esses bandidos do MFA seriam exilados para o Tarrafal.»
                                                    
                                                        - CAPÍTULO I
 - CAPÍTULO II
 - CAPÍTULO III
 - CAPÍTULO IV
 - CAPÍTULO V
 - CAPÍTULO VI
 - CAPÍTULO VII
 - CAPÍTULO VIII
 - CAPÍTULO IX
 - CAPÍTULO X
 - CAPÍTULO XI
 - CAPÍTULO XII