No tempo em que eu andava em Coimbra, andava lá também a estudar Direito um rapaz chamado Pássaro. Ele não se chamava Pássaro. Pássaro pusemos-lhe nós, porque, além de ser alegre como um pintassilgo e vivo como um pardal, usava o cabelo não sei de que modo, que parecia que lhe punha duas asas atrás das orelhas, e que a cabeça lhe ia a voar! Ele não se zangava que lhe chamassem Pássaro e até gostava: e como alcunha que se ponha em Coimbra pega como se fosse visgo – desde o Camões, que era lá em Coimbra o Trinca-Fortes, até ao falecido Alves da Fonseca, chamado o Chato José do Cão por andar sempre com um cão atrás dele e ter um nariz muito chato, ou ao outro a quem, por ter só metade do bigode, pegaram a chamar Gode, e ainda outro o Sete Falinhas, por se desfazer em fífias quando falava – ninguém lhe chamava de outra maneira: «Ó Pássaro, isto!», «Ó Pássaro, aquilo!»
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