"E é então, quando, por um dever de crítica e de gosto, se procura recapitular e rememorar, conversando, as maravilhas visitadas, que se descobre, com assombro, que nenhuma delas penetrou e ficou isoladamente na memória! Só com esforço, coçando a testa, verificando ansiosamente o catálogo, apelando para as notas dos amigos, se consegue reconstituir, e muito vagamente, sempre com grossas lacunas, a forma de certo relicário, ou as linhas de certo bronze. Nenhuma imagem nítida, que enriqueça o pecúlio da educação artística, se trouxe daquelas vastas galerias, onde, todavia, está soberbamente representado o génio ornamental de uma grande civilização. Há apenas a impressão rica, mas informe, de um montão de lavores, recamos, ornatos, florões, engastes, lampejos de metais, vidraduras de faianças, tons mortos de velhos brocados... Cada obra por si esqueceu, com a sua beleza própria. Da coleção imensa só resta, no espírito, a vaga refulgência de um tesouro."
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- Índice
- De port said a suez
- Ramalho ortigão
- Brasil e portugal
- A Inglaterra e a frança julgadas por um inglês
- Vítor hugo
- Três prefácios
- A Academia e a literatura
- A Europa
- OS Maias
- A Decadência do riso
- OS Grandes homens de frança
- UM Santo moderno
- A Europa em resumo
- UMA Coleção de arte
- Espiritismo
- AS Rosas
- Cozinha arqueológica
- O Bock ideal
- UM Génio que era um santo
- A Revista
- NA Praia
- NO Mesmo hotel
- Antigas visitas
- França e sião
- Encíclica poética
- O Marquesinho de blandford
- A Rainha
- Eduardo prado
- Almanaques
- A Crítica a “os maias”
- Três Americanos