As vidas são como rios que nascem na montanha, percorrem o espaço e o tempo entre duas margens e terminam no grande mar que tudo dissolve em água salgada. Cada personagem deste livro traz em si um rio. As águas do seu caudal transportam o amor irrecuperável da adolescência, a recordação do paraíso perdido, a loucura, a solidão e o abandono, a doença e a morte, o ódio e a vingança, a violência, a mentira, a alegria, o perdão e a bondade. Gente simples, são rios de pouca água, em vias de extinção como todos os rios do mundo. Quando o olhar se perde na folhagem dos salgueiros de uma margem, poderá entrever um corpo nu de mulher salpicado de raios de sol.
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- Índice
- À sombra sob as parras
- A máscara da Ninfa
- O Farra
- O peixe assado
- O armador
- A bola e o forno
- Lascas de cal
- Quem canta
- O Roxo
- A travessa de rojões
- Casa de pus
- A rega
- O emigrante
- A residência paroquial
- A biblioteca da Dona Graça
- A motoreta
- Pureza
- O pasto
- A filha do coveiro
- Monte Citereio
- A feira de Cupido
- Um beijo com sabor a mato
- Ao sol sobre as fragas
- A dona Carminda
- A mulher que não fazia amor
- O veneno
- A desaparecida
- Um baralho na mão errada
- Erva de Inverno
- A festa de Randim
- Paloma
- A fractura
- Os Tombalobos
- O vizinho
- A viúva rica
- O morto
- A despensa
- O ramo do salgueiro
- A professora nova