Júpiter, marido da Deusa Juno, por gozar da formosura de Alcmena, mulher de Anfitrião, General dos Tebanos, se transforma em Anfitrião, por conselho de Mercúrio, Embaixador dos Deuses, tomando este também a forma de Saramago, criado de Anfitrião, para ajudar que Júpiter consiga o seu intento, por meio dos seus enganos; o que Júpiter consegue, introduzindo-se em casa de Alcmena com o nome de Anfitrião, acompanhando-o Mercúrio, que toma o nome de Saramago, estando Anfitrião ausente de Tebas contra el-rei dos Telebanos, donde vindo vitorioso, por ter morto ao mesmo Rei, Júpiter lhe usurpa o triunfo com que em Tebas o esperavam, ficando juntamente laureado Júpiter dentro do mesmo Senado com a ilusão da figura e nome de Anfitrião, o qual, voltando para a cidade de Tebas, já na sua própria casa é preso por Tirésias, ministro de Tebas, juntamente com Alcmena, e condenados à morte, por indústria e vingança da Deusa Juno, que se disfarça com o nome de Flérida em casa de Anfitrião. Mas enfim, como inocentes do imposto delito, são livres de serem sacrificados, por declaração de Júpiter, que sustenta o engano até ao fim, e deixa em Alcmena, por sua descendência, o esclarecido, fortíssimo e nunca vencido Hércules.