Em tempos não muito distantes, os casamentos reais eram considerados dos eventos mais importantes do mundo político. A sua negociação era geralmente confiada aos diplomatas mais competentes, e os soberanos procuravam assumir alianças matrimoniais vantajosas para os países que governavam.
A política estava na base dos casamentos entre as diferentes dinastias da Europa, sobrepondo-se aos sentimentos pessoais, e as relações entre os vários impérios e reinos dependiam consideravelmente da direção segundo a qual estas alianças eram contraídas. Exceções notáveis foram os enlaces estabelecidos por Luís XVI e, mais tarde, por Napoleão, quando pediu a mão da arquiduquesa Maria Luísa.
Posteriormente, as coisas começaram a mudar, e tornou-se evidente que os sentimentos, as relações e os afetos pessoais também deveriam ser levados em conta. Assim, os soberanos e as respetivas famílias tiveram maior liberdade para escolher consortes sem interferência nem considerações políticas. Tal como os comuns dos mortais, podiam, afinal, casar-se e ser felizes de acordo com as suas paixões.
Este livro é essencial para entender a política de bastidores e os matrimónios das famílias reais europeias ao longo do tempo. Escrito no primeiro quartel do século XX, procura dar vislumbres das ligações dinásticas das gerações vindouras, o que o torna, ao mesmo tempo, trágico e fascinante, pois, como sabemos, a maioria destas dinastias reais não sobreviveria à Grande Guerra.
- Capítulo Um
- A CASA DOS HABSBURGO
- Capítulo Dois
- OS HOHENZOLLERN
- Capítulo Três
- OS ROMANOV
- Capítulo Quatro
- A ÚLTIMA DOS NASSAU
- Capítulo Cinco
- LUXEMBURGO E BÉLGICA
- Capítulo Seis
- ITÁLIA E SÉRVIA
- Capítulo Sete
- GRÉCIA, ROMÉNIA E BULGÁRIA
- Capítulo Oito
- ESPANHA E PORTUGAL
- Capítulo Nove
- A DINAMARCA E OS SEUS ALIADOS
- Capítulo Dez
- A SAXÓNIA E AS OUTRAS CORTES ALEMÃS
- Capítulo Onze
- A CASA REAL DA SUÉCIA
- Capítulo Doze
- A DINASTIA DE BOURBON-ORLEÃES
- Capítulo Treze
- OS CASAMENTOS REAIS INGLESES