15 de abril de 1945. A execução dos músicos estava marcada para a parte da tarde. Fania definhava, sem esperança e à beira da morte, quando o exército aliado entrou no campo de Bergen-Belsen. Por insistência dos soldados, tocou, no único piano disponível e durante cerca de meia hora, uns improvisados God Save the King, A Marselhesa e A Internacional.
Antes de se tornar prisioneira, Fania Fénelon tocava piano e cantava em Paris. Capturada pelos nazis, foi levada para Auschwitz, onde se juntou à orquestra feminina que existia no campo, composta exclusivamente por reclusas. E ora tocava para os prisioneiros que rumavam às câmaras de gás, ora para os oficiais alemães que relaxavam das suas macabras tarefas.
Com uma capacidade surpreendente de encontrar humor e sentido onde apenas o desespero devia prevalecer, a autora relata a sua história no campo de concentração e escreve sobre o amor, o riso, o ódio, o ciúme e a tensão que atormentavam este grupo «privilegiado» de mulheres. Cada qual à sua maneira, faziam música para sobreviver num lugar onde o horror inimaginável se misturava com os pesadelos mais terríveis.
A Pianista de Auschwitz narra, denuncia e preserva a memória do que aconteceu num dos momento mais terríveis da história, e também motiva a reflexão para o contraste entre os valores éticos necessários, válidos e defensáveis diante da iminente ameaça de morte.
Críticas de imprensa
«Uma celebração do poder do espírito humano.»
The New York Times Book Review
Nota do autor
Tinha de me curar dos campos. Isso demorou anos, uns atrás dos outros… Após trinta anos de silêncio, ao longo dos quais me esgotei a tentar esquecer o que não podia sê-lo, percebi que era escusado, que não esqueceria...»
Fania Fénelon