Começo a fartar-me de diários. Escrever à pressa algumas linhas numa espécie de resumo do que aconteceu parece fácil e simples. O problema é, no fim do ano – ou no início –, ler e corrigir o que foi escrito. Quantas tentações de simplesmente rasgar! Em geral, não o faço. Limito-me a cortar palavras, frases, parágrafos; substituir uma expressão por outra mais adequada e excluir linhas comprometedoras (daí talvez o título genérico que escolhi: Memórias Quase Íntimas). Mas, no essencial, fica aquilo que eu rabisquei em determinado dia, em determinado momento. Ainda hei de procurar descobrir para que é que isto serve.
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- 1996
- 1997
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