O caminho era íngreme e não permitia andar depressa. A mota resvalava e o Rui procurava equilibrá-la o melhor que sabia. Chegaram a um pequeno planalto, com o feno a balouçar ao sabor do vento. De longe a longe, viam-se árvores baixas deformadas. Mais ao fundo, erguia-se uma protuberância rochosa. No cimo, existia uma construção em cimento em forma de uma garrafa gigante, pintada às riscas vermelhas e brancas. Era um marco geodésico. Sentaram-se na sapata da garrafa e olharam à volta. A vista era espantosa. Via-se a aldeia onde viviam lá em baixo, com as casas e caminhos. Mais longe, o rio Cávado a dividir o vale ao meio, numa longa curva. Mais perto, mesmo junto ao monte, ficava a quinta abandonada onde tinham estado antes e, do outro lado da estrada, a Quinta do Marquês onde vivia o velho alemão. Era uma casa imponente, com as fachadas em granito, de forma quadrada, o centro aberto, com um chafariz no meio e um jardim de formas geométricas.
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- A Quinta do Marquês
- Capítulo I
- Capítulo II
- Capítulo III
- Capítulo IV
- Capítulo V
- Capítulo VI
- Capítulo VII
- Capítulo VIII
- Capítulo IX
- Capítulo X
- Capítulo XI
- Capítulo XII
- Capítulo XIII
- Capítulo XIV
- Capítulo XV
- Capítulo XVI
- Capítulo XVII
- Capítulo XVIII
- Capítulo XIX
- Capítulo XX
- Capítulo XXI
- Capítulo XXII
- Capítulo XXIII
- Capítulo XXIV
- Capítulo XXV
- Capítulo XXVI
- Capítulo XXVII
- Capítulo XXVIII
- Capítulo XXIX
- Capítulo XXX
- Epílogo