É Sabina Freire uma brasileira, nascida em Mato Grosso, onde toda a gente usa tanga, na frase de D. Maria Freire, sua sogra. Não parece transparente a intenção do autor, ao dar-lhe semelhante procedência, determinar logo, por um processo objetivo, um caráter semibárbaro? E como se a quisesse explicar, pela ascendência do sangue, na complicada anatomia moral, dá-lhe como pai um alemão ideólogo e fantástico, espécie de alquimista sonhando o niilismo platónico, que lhe deixa, à hora da morte, uma herança sinistra: dois minúsculos frascos, contendo, um deles, ácido cianídrico: a morte fulminante; o outro, um corrosivo misterioso: a morte lenta! Assim preparada para a libertação e para a vingança, o fantástico ideólogo deixa-a sozinha no mundo e desaparece da Terra.
- PERSONAGENS
- PRIMEIRO ATO
- SEGUNDO ATO
- TERCEIRO ATO
- NOTA
- ESTUDO CRÍTICO