Este livro foi um grande sonho meu. O sonho de transmitir a todos os portugueses lindas e sentidas coisas sobre a nossa terra encantada e gloriosa. E sonhei este livro tornado popular, impresso em papel de luxo para os ricos, impresso em papel do Borda d'Água para os que nada têm. Pago por quem tivesse dinheiro para dar por ele, distribuído de graça para quem nada tivesse. Com esta edição saíram dezanove mil exemplares. É pouco. Há alguns milhões de habitantes e algumas centenas de milhar de leitores. É pouco, como se vê. Todavia eu sonhei-o lido nas escolas, nas famílias, nos quartéis. Impresso em discos para os aglomerados educacionais, como está já duas vezes impresso em caracteres especiais para os cegos. Não me move interesse, move-me o amor à grei para que ela viva e maior se faça. E cumpre dizer, não foi o Estado Novo no seu início, na sua marcha ascensional, que criou ou sugeriu este livro, porque ele data de 1926. O Estado Novo já o encontrou. Foi sim o coração e o espírito do autor que nunca deixou de sonhar cada vez mais alto com a ideia da sua Pátria. E o autor entende que este livro não é seu. Porque se nem todos têm obrigação de o escrever, a todos é grato senti-lo e todos o sentem. Por isso, o autor, sagrando esta nova edição, estes novos três mil soldados entusiastas, com ele vitória o grito do triunfo. Portugal! Portugal! Portugal!