Como cuidosa abelha, fabricou com muita doçura este favo, ou poema "Viriato", o facundo e judicioso Brás Garcia Mascarenhas, intitulado "Trágico" pelo lamentável fim que teve Viriato, e nele as esp’ranças do maior império às mãos da aleivosia; no qual, como em mapa debuxou não só a glória deste ínclito português em tudo primeiro, que floreceu alguns séculos antes da vinda de Cristo, mas com admirável fábrica urdiu a narração sucinta das cousas mais célebres que houve em Portugal pela descendência de seus monarcas até alguns anos depois da Restauração deste reino pelo senhor rei D. João IV.