À Europa, e em geral ao homem que nunca viajou nos sertões do interior de África, não é dado compreender o que se sofre ali, quais as dificuldades a vencer a cada instante, qual o trabalho de ferro não interrompido para o explorador.
As narrações de Livingstone, Cameron, Stanley, Burton, Grant, Savorgnan de Brazza, d'Abbadie, Ed. Mohr e muitos outros, estão longe de pintar os sofrimentos do viajante africano. Difícil é compreendê-lo a quem o não o experimentou; àquele que o experimentou difícil é descrevê-lo.
Não tento mesmo pintar o que sofri, não procuro mostrar o quanto trabalhei, que me façam ou não a justiça de que me julgo merecedor aqueles que examinarem os meus trabalhos, hoje é isso para mim indiferente; porque me convenci de que só posso ser bem compreendido pelos que como eu pisaram os longínquos sertões do continente negro, e passaram os maus tratos que eu por lá passei."