«No cristianismo católico o génio poético pertence exclusivamente ao povo rude, que inventou as grandes legendas que o tornaram universal. S. Jerónimo foi o primeiro que assinalou este facto. O povo seguiu nas suas crenças o génio ariano, que se revelava na grande alma indo-europeia. Reduzido o cristianismo ao que é puramente canónico, é uma religião estéril, de uma severidade judaica incomunicável, tendendo cada vez para mais estritamente definir-se até ficar reduzida a seita; ele por si não consolou a alma humana na profunda elaboração da Idade Média, renovou a tremenda poesia semítica das excomunhão, propagou a terror constante do milenário e fim do mundo, inventou o Diabo e a tentação, alimentou as guerras religiosas e as Cruzadas, antepôs a morte à vida, criou a autoridade e a intolerância»