Edição em prosa do "Auto da Índia" de Gil Vicente acompanhada da edição original.
"Vieram dizer a uma mulher de nome Constança que, estando o seu marido embarcado para a Índia, já não partia. Ela então começou a chorar de desconsolo. A criada, surpreendida com a choradeira, exclama:
– Credo, minha senhora! Daqui a pouco inunda a casa. Tudo isso é porque se parte a armada e com ela o seu marido?
– És mesmo parva! Então eu iria chorar por isso?
– Por minha alma que imaginei que choráveis pelo patrão.
– Ó minha tonta, eu choro porque dizem que já não vai."