Em 1815, um dos mais abastados mercadores de panos da Rua das Flores, na cidade do Porto, era o Sr. António José da Silva. E, a 23 de agosto do mesmo ano, o negociante da Rua das Flores que mais suava e bufava aflito com a calma era o mesmo Sr. António José da Silva. O Sr. António, como os seus caixeiros o chamavam, tinha razão para suar. As bochechas balofas e trémulas, dilatadas pelo calor do estio, ressumavam-lhe um suco oleoso, que descia em regos pelos três rofegos da barba e vinha aderir a camisa às duas grandes esponjas, que formavam os seios cabeludos do nosso amigo atribulado.