Foi na Estrela do Norte que eu falei com Vieira de Castro, em 1857, quando ele recolhia riscado da Universidade porque, a impulsos de generosa indignação e com a omnipotência da palavra, obrigara o corpo docente a reparar a injustiça – injustiça, ao parecer de Vieira de Castro – feita ao sr. doutor Augusto César Barjona de Freitas. Barjona entrou reabilitado no magistério; o académico que elucidara a razão obcecada dos catedráticos foi riscado. Este contrassenso – a admissão de um e a expulsão do outro – não foi explicado: é um paradoxo exclusivo da vida de Vieira de Castro, tecida de brilhantes fios, mas com lavores excecionais, somente seus. Ele não se deplorava do seu infortúnio, relatando-me, sem se envaidecer, o arrojo de reprovar uma decisão que prejudicava a carreira dum homem, nem sequer seu conhecido! Que alma tão descabida nestes tempos em que apenas temos o sr. Viale a falar-nos em falsete de almas gregas, e o sr. João Félix a dar-nos ingramaticalmente várias notícias das almas romanas!