História mais verdadeira nunca eu a escrevi. Por verdadeira demais, estiveram os apontamentos dela a olvidarem-se-me na escuridade para onde os afastaram deferências, apelidos e pessoas, umas que se prezam em si, outras, menos em si, e muito em seus antepassados. Deliberei, depois de censurado por pessoa que, a muito instar, me cedera as notas, a dar à estampa sucessos, que a bem merecem, por serem de lição a infelizes, caídos em abismos por suas próprias mãos abertos. Para me expor à somenos tacha de indiscreto, mudei nomes, sentindo não poder mudar localidades, que então lá se ia abaixo, na rampa das chamadas conveniências, o timbre da verdade histórica, a cor, a essência, o melhor das obras de arte.