O assombrado que dei aos meus versos, com traços de inconsolável desconforto, não foi capricho de poeta byroniano. Praza a Deus que o fosse! Choradas e lutuosas como o desalento, se estas trovas assim não fossem, eram Mentiras e não Inspirações. Colecionando-as, deparei o mesmo pensamento sob muitas formas. Era a desgraça moral – o desgosto profundo, o peso da vida. Deixei-o nelas todas, porque a desgraça tem variadas manifestações. É como as lágrimas, que vêm, uma após outra, com o mesmo travo aflitivo. Se amanhã me disserem que nada prestam estas páginas copiadas da minha alma – esta revelação confusa dos meus insondáveis mistérios – eu não maldigo o meu livro, nem choro morta alguma das minhas desvanecidas esperanças. Nada espero daqui.