Esta novela contém adultérios, homicídios, missionários e outros cirros sociais. Almas, em flor de inocência e candura, não leiam isto que trescala podridão de gafaria, em que forçadamente a leitora, afeita ao ar puro das regiões vizinhas do céu, há de sentir nausear-se-lhe a alma. Nalgumas quintas do Minho, ameaçadas de ladrões, erguem-se uns postes que dizem: «Aqui há ratoeiras». Os ladrões, graças à instrução, leem e passam. Neste livro inverte-se o estilo: os salteadores da pudicícia levantam bem alto o letreiro que diz: «Aqui há ladrões». Sem o qual letreiro, este livro seria um abismo.