Em Agosto de 1850, à mesa redonda dos Irmãos Unidos, em Lisboa, no largo do Rossio, jantavam dez ou doze pessoas que se não conheciam. Um dos convivas, escritor provinciano, e tagarela expansivo, escolhera aquela hospedaria para ter um auditório certo. Nos primeiros dias sorrira-lhe a fortuna. Alcançara, em vésperas de partida, alguns deputados minhotos, que se desforravam, de tarde, com as belfas rubicundas e palito nos dentes, do silêncio religioso com que assistiram, de manhã, aos mistérios eleusinos do parlamento.