O ator en solidão é resultado de uma pesquisa sobre as potencialidades do espetáculo unipessoal na consolidação de uma busca pela autoria para o caso do ator. Para atingir esse propósito, o livro parte de uma série de pressupostos teóricos que envolve assuntos relacionados com as noções de interpretação e de autoria no contexto da arte teatral e com o que se entende habitualmente como monólogo ou solo, termos também usados para descrever o tipo de experiência cênica que aqui se nomeia como espetáculo unipessoal. A partir disso, empreende-se um processo de criação cênica, o qual se traduz em uma busca pela autonomia do ator que prescinde de outras figuras frequentes na tradição teatral, como o dramaturgo ou o encenador, para a criação de um espetáculo do qual ele mesmo possa se considerar o autor. Esse caminho faz com que o pesquisador/ criador absorva as funções das figuras dispensadas e fortaleça um discurso próprio construído a partir dos materiais fornecidos pelo seu próprio imaginário. Partindo desse conceito e alimentado pela necessidade de falar sobre suas próprias inquietações, o artista dá início a um processo criativo que encontra, na teoria da formatividade de Luigi Pareyson, elementos-chave para o desenvolvimento das particularidades do seu fazer.
- Cover
- Title page
- Copyright page
- Contenido
- Introdução
- Nascimento de um Projeto: Pressupostos
- Tudo começa no palco
- Monólogo, solo ou espetáculo unipessoal?
- Da interpretação à autoria
- Um Leque de Possibilidades: Materiais
- Acervo e imaginário
- André Gide e o discurso imoralista
- São Sebastião e a cultura gay
- A experiência autobiográfica
- Um Encontro às Escuras: Processo Criativo
- Partindo (saindo) do conhecido
- À procura de um novo fazer
- Meus caros amigos
- Dentro e Fora do Palco: Projeto Autoral
- Autoria da cena
- Assinatura de um processo criativo
- Espetáculo unipessoal como experiência autoral
- Considerações Finais
- Referências
- Apêndice A — Roteiros para a consolidação da ficção apresentada em Meus caros amigos
- Apêndice B — Texto dramatúrgico Meus caros amigos (versão em português)
- Apêndice C — Texto dramatúrgico Meus caros amigos (versão em espanhol)
- Índice de figuras
- Figura 1. Palabras encadenadas. Íntimo Teatro. Dramaturgia: Jordi Galcerán. Direção: Carlos Bolívar e Gloria Berrío. Atuação: Gloria Montoya e Juan David González Betancur (2001) ➚똾頀帀椀最甀爀愀 ⸀ 倀愀氀愀戀爀愀猀 攀渀挀愀搀攀渀愀搀愀猀⸀ 촀渀琀椀洀漀 吀攀愀琀爀漀⸀ 䐀爀愀洀愀琀甀爀最椀愀㨀 䨀漀爀搀椀 䜀愀氀挀
- Figura 2. La navidad de Harry. TODAvía Teatro. Dramaturgia: Steven Berkoff. Direção: Carlos Bolívar. Atuação: Juan David González Betancur (2010) ᠶ⌼頀ꔃ擻︇ ⁓봬 异 ́ ꃽソᇿソ䰂 ́ ಗᰀ 쳀 ⁴뻷
- Figura 3. São Sebastião de Pierre & Gilles. Uma das suas versões dos anos oitenta
- Figura 4. Saint Sebastien de la Guerre de Pierre & Gilles. Obra criada pelos artistas especialmente para a mostra intitulada “Pierre & Gilles: a apoteose do sublime”, tendo como motivo o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, 2009) 烙訾
- Figura 5. São Sebastião (1617-1619) de Guido Reni
- Figura 6. São Sebastião (1525) de Giovanni Bazzi (“Il Sodoma”)
- Figura 7. Ex voto, Martirio de San Sebastián (1912) de Ángel Zárraga
- Figura 8. Saint Sebastian (1979) de Julian Schnabel
- Figura 9. São Sebastião (1525-1528) de Agnolo Bronzino
- Figura 10. Apresentação pública do espaço poético. 19 de março de 2013
- Figura 11. Meus caros amigos. Estreia: 11 de setembro de 2013. Teatro Martim Gonçalves. Salvador (Bahia)
- Figura 12. Construção da ficção a partir do princípio de multiplicidade
- Figura 13. Meus caros amigos. Estreia em espanhol: 18 de fevereiro de 2014. Pequeño Teatro de Medellín (Colômbia)
- Figura 14. Cartaz Meus caros amigos
- Figura 15. Cartaz de divulgação da temporada 2014, Pequeño Teatro de Medellín (Colômbia)
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