As fábulas de La Fontaine, lidas e admiradas universalmente sob o ponto de vista moral, encerram uma lição bem mais profunda enquanto ao problema da criação artística. Acreditou-se por muito tempo que o génio estético tirava todos os elementos da sua obra da própria impressionabilidade, impondo-se à adorarão nas condições de uma absoluta originalidade. O génio era como o Deus bíblico tirando o mundo do nada. Ao trabalho da moderna síntese física, que levou à conclusão "ex nihilo nihil", corresponde também a descoberta da crítica literária, de que todas as grandes manifestações estéticas realizadas pelas capacidades individuais assentam sobre uma base tradicional, e são tanto mais belas e imperecíveis quanto esse tema transmitido pelo passado e por outras civilizações adquiriu um caráter de universalidade. As fábulas de La Fontaine põem em evidência este princípio fundamental achado não só para a crítica das obras-primas das literaturas como para a disciplina e impulso para a renovação das formas estéticas da civilização moderna.
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- Índice
- Processo artístico de la fontaine
- Ao delfim de frança
- Prefácio de la fontaine
- Livro primeiro
- Livro segundo
- Livro terceiro
- Livro quarto
- Livro quinto
- Livro sexto
- Livro sétimo
- Livro oitavo
- Livro nono
- Livro décimo
- Livro undécimo
- Livro duodécimo